domingo, 14 de junho de 2009

I Encontro Feminino de Cultura Afro Brasileira



Quanta coisa!

Mulheres fortes, capoeiristas, agitadoras culturais, educadoras, formadoras de opinião (seria necessário outro encontro para discutir isso). Estou falando do I Encontro Feminino de Cultura Afro-Brasileira, que aconteceu em Belo Horizonte entre os dias 05 e 07 de junho de 2009.

Algumas horas de práticas coletivas a fim de resgatar esse DEUS negro que mora dentro de todo brasileiro. Foi um misto de encontro entre o mito e o ritualístico.
Começamos as com todas essas mulheres distribuídas de forma equilibrada, no quintal de um casarão que possivelmente foi construído por mãos negras sedentas de liberdade.

A qualidade da energia que conduzia esse encontro emanava de uma mulher que vive a cultura afro-brasileira a fundo e que fez desta vivência sua profissão. Falo de Junia Bertolino. Mulher negra, candomblesista, filha de Iansã, capoeirista, bailarina e orgulhosa do brilho reluzente que carrega na pigmentação de sua pele. Junia abriu os trabalhos dignamente. Cantamos pra mãe das mães Yemanjá e depois fomos dançar. Se engana quem pensa que ficamos no dois pra lá dois pra cá! Era uma dança de chácaras (chakras), de libertação, era uma dança que evolvia desde os dedos dos pés até os fios dos cabelos. Uma dança que libertava todas as amaras corporais que nos foram impostas covardemente por uma sociedade que consome o passo básico dois pra lá dois pra cá, mas que não segura o palpitar do coração ao ouvir o toque de um atabaque.
É que está tudo guardado dentro. Uns chamam este "dentro" de subconsciente, eu prefiro chamar de ancestralidade!
Me permiti e entreguei meu corpo a todas aquelas posturas e não estava sozinha, vez por outra me apareciam lindas imagens e eu fui garça, fui cobra, fui leoa, fui águia e tudo isso dançando! Estamos entregues a condução daquela Deusa Negra e ela nos levou onde quis. E todas nós estávamos enfeitiçadas com a "mandinga da nega"(arrepios por lembrar).
O atabaque foi se juntando ao toque do berimbau e a Professora Maritaca (Mariana Caiaffa), foi assumindo as rédeas da condução daquele passeio inesquecível que estávamos fazendo. Era chegado o momento da dança virar luta e a capoeira ganhava espaço e nossos corpos obedeciam ao comando daquela mulher de voz doce e de golpes fortes e expressivos. Aquela mulher era o berimbau que o capoeirista deve obediência. E isso era tão natural. Nesta altura do passeio nossos corpos já eram livres. Poderíamos voar se preciso fosse. A condução era tão leve que não havia limitações para os movimentos.

O pandeiro se juntou ao atabaque e ao berimbau e a dança que já era luta desejou virar canto.

E lá estava eu, atenta a este desejo. Cantamos em coro, na palma da mão e na ponta do pé.

O Samba esperado chegou e a alegria se fez presente. Foi uma festa! A fusão destes três momentos foi uma roda onde cada uma de nós se expressava com o melhor que tinha a oferecer. Capoeira, ritmo, dança, poesia.Aquilo tudo era tão orgânico que foi preciso uma interrupção racional. Nossa viagem precisava ter um fim. A razão era prática, aquele espaço era um espaço público, que seria ocupado por outras pessoas. Nosso horário havia vencido.

O passeio chegou ao fim!
Mas as impressões estão exalando dos poros. Se fecharem os olhos se colocando em silêncio e inspirarem calmamente poderão sentir a fragância deste encontro de emoção inclassificavel.



quarta-feira, 10 de junho de 2009

Cantoras na Linha de Passe

Show Cantoras na Linha de Passe
Hoje, dia 10 de junho (quarta) às 22h
Entrada R$10,00 (meia)

Janaína Moreno, Marina Gomes, Diza Franco e Jussara Ferreira

Quem estiver por lá concorrerá a um sorteio de uma noite em um dos melhores motéis de Belo Horizonte.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Janaína Moreno Canta Carmem Miranda

Janaína Moreno Canta Carmem Miranda
Local: Centro Cultural do IBEU
Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 660 / 11º andar
Entrada Franca
Horário: 18:30
Dia 04/06 - quinta-feira

Informações: 3816 9432